domingo, 20 de março de 2011

Para seguir um tratamento, preocupe-se em como e não no por que fazê-lo

Li uma matéria no Portal de Educação Física e achei muito interessante, já que posso aplicar as informações ao Pilates ou até mesmo às sessões de Fisioterapia.

Essa matéria diz que embora a maioria das pessoas conheçam os benefícios do exercício físico, as taxas de sedentarismo e obesidade estão extremamente altas. Sendo assim, cientistas da Universidade de Missouri (EUA) resolveram estudar por que as pessoas não fazem o que sabem que deve ser feito.

Nesse estudo, foi constatado que adultos saudáveis aumentaram seus níveis de atividade física quando as intervenções foram focadas na mudança de comportamento. Já as abordagens cognitivas, que tentam alterar nosso conhecimento sobre algo (por exemplo nos instruir da importância e benefícios gerados pelo exercício), não produziram efeitos sobre o nível de atividades físicas praticadas.

Um dos autores da pesquisa afirma que o foco precisa deixar de ser aumentar o conhecimento sobre os benefícios dos exercícios físicos. Essa  abordagem tradicional de tentar mudar as convicções ou atitudes das pessoas sobre os exercícios mostrando o quanto eles são importantes não funciona porque não é motivadora. Ao invés disso, é muito mais eficaz discutir estratégias que mudem o comportamento. 

Mas quais são essas estratégias motivadoras?

Feedback, definição de objetivos, automonitoramento, prescrição de exercícios e estímulos ou sugestões fazem parte das estratégias de mudança de comportamento.

Feedback significa "retorno". Exemplo: Dou um comando para você pegar o copo que está na mesa. Se você pegar a caneta, eu direi que está errado porque pedi o copo. Isso é um feedback negativo. Se você pegar o copo, eu irei elogiar dizendo que está correto. Isso é um feedback positivo. Portanto, dar um feedback de como você está alcançando seus objetivos, ou quanto a melhora na postura, alivio da dor, é extremamente motivador. E o feedback não precisa ser apenas verbal. Pode ser na forma de uma avaliação escrita, fotos, entre outras maneiras.

Automonitoramento é um método em que o indivíduo registra e acompanha a sua atividade ao longo do tempo. Esse método parece aumentar muito a conscientização, além de proporcionar motivação suficiente para o engajamento nas atividades físicas regulares. 

Com tudo isso, um dos autores da pesquisa sugere que os profissionais da saúde questionem seus pacientes sobre hábitos de atividades e ajudem-os a estabelecer metas específicas e fáceis de administrar. As dicas propostas são tentar estratégias diferentes constantemente como controlar o progresso, agendar os exercícios para aumentar o comprometimento, colocar pedômetros nas roupas (instrumentos que medem distância e velocidade percorridos); além de discutir recompensas para a realização de metas.

Ao meu ver, essas informações obtidas nessa pesquisa podem e devem ser aplicadas a todos os profissionais da saúde, independente do tipo de tratamento que o paciente realiza. Vemos muitas pessoas iniciarem um tratamento de fisioterapia por exemplo e desistirem após alguns meses. E todo o esforço do profissional em explicar o quanto as sessões são importantes é em vão. Porém se nos preocuparmos em mostrar a melhora, que por vezes é sutil e por isso passa desapercebida, teremos muito mais pessoas cuidando da própria saúde. Fica essa dica!


Imagem: internet