Olá queridos leitores!
Já faz um tempo que queria modificar o visual do meu blog e depois de muitas tentativas consegui deixá-lo da maneira que queria. Mas desde o último post, no mês passado, não escrevi novas matérias. Estou escrevendo hoje justamente para esclarecer o motivo do meu "sumiço".
Sempre gostei de lutas mas desde a faculdade deixei as tarefas do meu dia-a-dia profissional dominarem meu tempo. Porém, para cuidar de outras pessoas precisamos cuidar de nós mesmos, e foi assim que decidi arrumar um tempo para mim.
Quando comecei a trabalhar com o Pilates passei a praticar o método, e os benefícios começaram a aparecer. Diante de mais resistência muscular e consciência corporal voltei a lutar, intercalando o treino de luta com o Pilates e um trabalho de força muscular.
Mas tenho uma predisposição genética, que não é modificável com exercícios, a lesão ligamentar. A algum tempo atrás, ao subir num banco para alcançar um objeto escorreguei e minha primeira reação foi me segurar onde pude, mas meu ombro (esquerdo) não estava preparado para segurar todo o peso do meu corpo de forma tão abrupta. Isso foi suficiente para lesionar minha articulação. Passados alguns meses já não sentia mais dor e conseguia praticar exercícios na mesma intensidade que antes. O resultado foi uma luxação de Hill Sachs no ombro esquerdo durante a luta.
RX de ombro sem luxação
RX de ombro com luxação
Para quem não sabe, luxação significa a perda de intimidade entre o osso e a articulação. A fratura de Hill Sachs é um afundamento da cabeça do úmero e lesão da cápsula articular (que mantém os ossos unidos), lesando junto alguns ligamentos. Sendo assim, perdi a estabilidade da minha articulação glenoumeral (ombro) e infelizmente meu caso é cirúrgico. Minha idade, profissão e a extensão da lesão corroboraram para que eu decidisse pela operação.
(1) Fratura de Hill Sachs (2) Cápsula articular
É engraçado como tantas pessoas entendem como surreal uma fisioterapeuta se machucar como aconteceu comigo mas o fato é que meu corpo tem a mesma constituição de qualquer outro ser humano. Sou tão disposta a me acidentar e adoecer quanto um marceneiro, uma dona de casa, um gerente de banco, um jogador de futebol (de final de semana) ou um colega de luta. Ainda mais quando fatores genéticos ou externos (acidentes) determinam o problema.
Diante desses fatos, minha vida está uma loucura porque tenho ido a diversos médicos, próxima semana tenho cardiologista, alergista e exames ... tudo isso para fazer a cirurgia em janeiro. Sem contar as sessões de fisioterapia diárias.
Pretendo postar em breve no blog já que todo o tempo livre que tenho tido venho dedicando aos estudos.
Esse post foi mais um desabafo, uma forma de justificar minha ausência.
Um grande abraço a todos e até breve!